Agosto 18, 2009
Imagine um boom de produção de descartáveis. Imagine um boom de exportações (legais e ilegais) de medicamentos controlados. Imagine agora, um estado de vigilância onde todas as pessoas observam se o amigo do lado está tossindo, ou tomando o devido cuidado com sua higiene pessoal.
Agora pode parar de imaginar. Você que vive em uma grande cidade pode conferir in loco a mudança comportamental provocada pela epidemia do vírus H1N1, conhecido popularmente como gripe suína ou gripe do porco. É lógico que como cidadãos conscientes que somos devemos nos previnir para evitar o contágio, mas o que é exatamente “se previnir”? O que é exagero e o que é real? Como vivemos em uma sociedade em que o consumo dita o comportamento e a interação social, a população resolveu a situação de uma forma óbvia: comprando. Comprando máscaras, comprando álcool em gel, comprando antigripais. O que a maioria não sabe é que muitos desses produtos são inúteis e a única coisa que fazem é entulhar o meio ambiente com mais porcaria, criando um círculo vicioso – quanto maior paranóia, maior consumo, quanto maior consumo, maior produção.
Vejamos, um por um os ítens comuns que viraram febre e que podem ser substituidos por ações mais efetivas.
- Máscaras: Não serve para muita coisa. A não ser que você seja um profissional de saúde ou esteja com a suspeita da nova gripe é perda de dinheiro comprar máscaras. O vírus é tão pequeno que se alguém espirrar do seu lado e você estiver usando a máscara vai entrar em contato com o vírus de qualquer modo.
- Álcool em gel: O álcool vem em embalagens plásticas nada econômicas e o álcool em si é um produto bem nocivo para natureza. Uma lavagem efetiva das mãos, com sabão comum privilegiando unhas e entre os dedos é suficiente para eliminar focos de transmissão.
- Antigripais: Jamais, em tempo algum, se medique sozinho em tempos de epidemia. Você pode mascarar os sintomas e no fim das contas agravar o seu quadro. O tamiflu, que é o remédio indicado para o tratamento da gripe suína é controlado, vendido apenas com receita e tem muitos efeitos colaterais. Comprar por meios ilegais pode fazer com que você compre um produto falsificado ou pirata que poderá fazer muito mal para o seu organismo.
- Copos, pratos e talheres descartáveis: Esses ítens foram adotados por lanchonetes, restaurantes e bares, com o intuito de “evitar a contaminação”. É um equívoco acreditar que os talheres e pratos tradicionais são mais propensos a passar o vírus. Se a higienização for adequada, o vírus não irá se propagar. Mas se você dividir seu copo descartável com alguém é uma situação de risco. Vale o bom senso: você pode usar sim copos de vidro, talheres de metal e pratos de louça. Apenas não os divida com ninguém e os higienize com água e sabão após o uso, hábito também conhecido como lavar louça.
No mais, nunca acredite em tudo que ouve pr aí. Já li casos de pessoas querendo sacrificar animais domésticos pois acreditavam que eles podiam ser portadores do vírus até donas de casa fazendo estoque de comida para não precisar enfrentar a aglomeração no supermercado. Em caso de dúvida é sempre bacana ir na fonte: ou se encaminhar para o posto de saúde mais próximo ou se informar no site do ministério da saúde, que tem diversas informações úteis, além da posição governamental sobre o assunto.
Publicado em Inverdades verdadeiras, Não Precisa, por Renata Corrêa | Tagged Consumismo, gripe A, Gripe Suína, H1N1 |
(copiei do faça a sua parte)
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