Hoje, enquanto tomávamos café da manhã, minha filha de cinco anos me supreendeu com uma pergunta:
- Pai, qual é o lugar mais limpo do mundo? – questionou, em tom de charada.
Comecei a ponderar. Pensei: uma UTI de hospital. Afinal, a higiene é uma preocupação ali. Por outro lado, me ocorreu o drama das infecções hospitalares.
Tentei outra opção: uma fábrica de chips de computador. Ali, o pessoal aspira até as partículas de poeira, que podem danificar os circuitos delicados. Mas ainda assim sobram umas impurezas. Tanto que muitos chips saem com defeito.
Mais uma tentativa: o interior de um acelerador de partículas. Como explicar isso para uma menina de cinco anos? Tinha outra opção: o vácuo do espaço sideral. Essa era fácil de justificar. Mas resolvi ouvir primeiro.
- Não sei. Qual é o lugar? – eu disse.
- É o interior da floresta – ela respondeu. – Lá não tem poluição e nem vírus de gripe.
Parei para reavaliar. Ela tinha razão e acabara de me dar uma lição ecológica. Até filosófica. Em busca do lugar mais limpo do mundo, eu tinha excluído a vida. Inclusive a minha própria.
Alexandre Mansur
(copiei do faça a sua parte)
Árvore de Natal Montessoriana
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Árvore confeccionada em feltro com aproximadamente 45 cm de altura,
acompanha 11 enfeites natalinos (1 estrela, 2 papais noéis, 2 gingers, 2
renas, 2 bon...
Há 5 anos
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